Autora: Emília Lima
Editora: Sollo
Sinopse: Alina é uma obra de ficção, ambientada na Bahia no final do Séc. XVI e conta a história da família Cirilo, proveniente de Portugal com o intuito de ajudar na colonização do Brasil-colônia. O livro conta a história da vida da família Cirilo e principalmente de Alina Cirilo, personagem principal do livro e do amor dela por Pedro Garcia, um grande amor, mas um amor proibido.
Como a própria sinopse deixa evidente, o livro narrará a história de Alina na época em que o Brasil ainda era colônia de Portugal. Apesar de se tratar de uma narrativa ambientada em outra época, os diálogos não se parecem com os característicos daquele século. Nada de palavras complicadas ou diferentes, claro que os personagens não fazem o uso de gírias, mas também não há aquele português extremamente cheio de frescuras. Isso facilita bastante para que os novos leitores se sintam a vontade com a leitura.
A forma como a autora conta a história, fez com que eu sentisse como se aquelas pessoas fossem parte da minha família, claro que seriam uns parentes bem distantes, mas a sensação é a de que a minha avó estaria me contando como foi a vida de uma das parentes dela. Acredito que isso se fez possível por causa da narrativa que não explora diálogos, o foco maior gira em torno dos acontecimentos, realmente como se você estivesse ouvindo uma pessoa muito próxima lhe contando algo que passou de geração para geração.
É uma história bonita, com bastante romance e pessoas boas. Ao meu ver os personagens era bons até demais, para a época onde a história se passa, eu não imaginava tanta compreensão por parte dos pais de Alina, assim como eu não esperava que a menina fosse tão a frente de sua época e se envolvesse em situações que as jovens de sua idade tentariam evitar. Isso fez com que eu demorasse um pouco para ser convencida pelos relatos que não combinavam muito com o momento histórico do país, nem com o desenvolvimento social e moral da época.
Não era daquelas jovens que só pensavam em roupas e festas, adorava música e principalmente os livros...
Não consegui me emocionar o suficiente para suspirar, tão pouco o livro conseguiu arrancar uma lágrima sequer dos meus olhos, mas nem por isso deixa de ser um romance bonito e doce, sem me causar uma crise diabética, mas também se deixar meu coração de pedra intacto. Posso dizer que se trata de algo mais simples, leve e sem grandes emoções repentinas, porém que poderá fazer com os leitores ganhem uma ótima distração, principalmente se for menos implicante que eu e se deixar levar pelas palavras da autora, ao invés de procurar sempre mais.